domingo, 21 de outubro de 2007

Caramba(ou, atualizando, caraca)...já vai para quase um mês que não deposito meus bons e maus bofes escritos aqui nesta minha tribuna/casamata de opiniões - abertas ao distinto público, mas ainda restrita aos meus monólogos.

Bem, de novidade a informação que tive num jornal diário sobre a agência que produz, há tempos, as excelentes campanhas publicitárias do Hortifuti - é do Espírito Santo e se prepara para ter uma filial em Copacabana, aqui no balneário - boas novas, certamente boas idéias, vida inteligente!

Outro assunto que sempre me intrigou é o tal conceito de VIP para separar alguns eleitos da plebe ignara - eu mesmo já estive dos dois lados e, ainda assim, não entendi. Quando fui admitido na área VIP, fiquei me perguntando se eu era realmente 'pessoa muito importante'...ou mais do que outras que vi fora do cercado, reservado a alguns - que, sinceramente, de 'tão especiais' não vi nada - geralmente o critério é de ser amigo, parente ou protegido de algum figurão. Quando fui 'barrado no baile', a ponto de não ter como assistir - pelo problema que me tem deixado, circunstancialmente, na condição de 'deficiente' - algum espetáculo, me assaltou uma sensação de ter sido discriminado e considerado 'menor'. Esta sensação não tenho, há bastante tempo, mesmo porque não tenho sido nem admitido nem barrado, desisti desse grandes eventos excludentes para a maioria.

Ainda assim, a indagação me voltou há poucos dias, no excitadíssimo (não para mim) dia do jogo do Brasil contra a fraquíssima seleção do Equador - quando alguns 'eleitos' globais (VIPs - mais uma vez quem era assim tão importante entre eles?...uma meia dúzia, talvez...e qual a real importância dessas pessoas?... importantes para que(m)? - foram convidados para ir com filhos, cachorro e papagaio, a um grande festa cívica - sim, ali estava a prova de que a família carioca pode assistir, sem problemas, a um jogo de futebol (como se fosse sempre assim!) - sim, foram convidados a assistir um previsível 'massacre' da 'maravilhosa/genial' seleção canarinho contra o desvalido esquadrão adversário. Mais uma batatada global, um blefe, um engodo.
Para os 'escolhidos', uma noite de caras e bocas, fotos para colunas sociais, etcs e tais...além da boca livre, das bebidinhas e dos DJs - para os demais, o empurra-empurra na entrada e na saída e o batente na manhã seguinte.

Confirmado: para se dar bem no Brasil o melhor caminho é ser jogador de futebol (e ter sorte/padrinho para chegar ao topo), artista global (mesmo que sem talento - se tiver um rosto/corpo bonito e/ou tiver saído do demencial BBB, já basta - para ser figurante de alguma farsa novelesca) ou político - de preferência sem qualquer escrúpulo - aí a coisa corre mais fácil, a ascensão é mais rápida . Claro que as demais 'profissões de sucesso' como traficante e afins, ficam para alguns outros VIPs - mas estes quem escolhe não são as produções estelares nem as assessorias de imprensa...aí o 'couro come mesmo', vence 'o melhor'.
Bem, o funil que tira um em mil dos formandos (a grande maioria sem nenhum preparo) nas chamadas profissões liberais se encarrega do restante processo 'seletivo'.

Êta província(zinha) metida a besta esse Rio de Janeiro!